quinta-feira, 2 de maio de 2013

Blog


Em 1913, Carl Gustav Jung (1875 – 1961), psiquiatra suíço, começa a definir as bases para sua teoria sobre a psique humana, num período na história em que o continente europeu é marcado por turbulências, conflitos e transformações sociais desencadeadores da I Guerra Mundial. Jung vivia outro embate, o confronto com o inconsciente: o “desconhecido em nós”. A partir de sua crise pessoal, das pesquisas com o teste de associação de palavras e do encontro com Freud, descortina-se esse “novo mundo”; emerge o material básico sobre o qual organizará sua própria psicologia. Reunindo suas experiências com os conhecimentos científicos da época, suas pesquisas e reflexões, Jung desenvolve um conjunto de formulações teóricas e práticas e lhe dá o nome de Psicologia Analítica.

Tal como um arqueólogo da psique, em sua descida ao submundo do inconsciente humano, Jung encontrou vestígios arcaicos – conteúdos que, comparados a religiões e mitologias antigas, descobriu pertencerem a toda a humanidade. O olhar junguiano sobre a psicologia é, portanto, ao mesmo tempo individual e coletivo, valorizando paradoxalmente sempre os dois lados da moeda: luz e sombra, feminino e masculino, bem e mal, razão e desrazão, e todas as demais contradições que a história humana produziu. Reunir as polaridades psíquicas é um trabalho simbólico já utilizado, embora inconscientemente, pelos grandes artistas, e naturalmente através dos sonhos de cada um de nós.

Na atualidade, a Psicologia Junguiana apresenta um modelo de compreensão da psique, uma proposta complexa de intervenção terapêutica e um corpo conceitual capaz de uma análise de temas sociais e culturais.

Pelo tanto que pode oferecer para a clínica e para o universo acadêmico frente aos desafios do mundo atual, convidamos você a participar do 1º Simpósio de Psicologia Junguiana do Ceará, que ocorrerá nos dias 6, 7 e 8 de junho de 2013, na Universidade de Fortaleza.